quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Agradecimentos




Nesses momentos sempre fica a sensação de que você pode esquecer de agradecer alguém importante, por isso vou tentar ser bem genérico...

Primeiramente, agradecemos a todos da caravana. Todos que sonharam, planejaram, que duvidaram que seria possível, também aos que sentiram medo e que o enfrentaram e, acima de tudo, a todos que acreditaram em si próprios e seguiram rumo aos Andes. Essa viagem foi a primeira aventura de muitos dos nossos amigos, inclusive a minha, mas depois dela não será a última.

Agradecemos às pessoas que nunca lerão esses relatos. Aquelas do povo que nos foram extremamente simpáticas e amigáveis, nos fazendo sentir orgulho de ser latinoamericanos. Às pessoas do Consórcio Intersur. A todos os peruanos e chilenos. E ao único boliviano legal que encontramos, o nosso guia Ruben...hehehe. Depois de morar tantos anos no Brasil, não tinha como ser diferente.

Brincadeiras à parte, vai um grande agradecimento ao Ruben Ortiz pelo esforço e trabalho prestado a nós. Muitas portas foram abertas, problemas resolvidos, obstáculos ultrapassados, sempre com segurança, tranquilidade e prestreza. Desejamos muita sorte para você nos próximos projetos.

Aproveitando, deixo aqui os contatos do Ruben para quem quiser contratá-lo ou se informar sobre quaisquer coisas. Não estou ganhando nada com isso, que fique claro! hehehe

Fones (68)92267823 e (68)84046952
E-mail: ruben.suarez01@hotmail.com

Para finalizar, agradecemos a todos que não foram englobados nas descrições acima, mas que também foram importantes para nós.

Aos leitores e seguidores do Blog, de coração, MUITÍSSIMO OBRIGADO!
Foi um prazer dividir essa viagem com vocês e desculpa pelos atrasos nas postagens.
Gostaria de conhecer todos para sentar e bater um papo, quem sabe um dia nossos caminhos se cruzem pela Sudamerica.

Aviso importante:
A EXPEDIÇÃO SUDAMERICA II já está em fase de planejamento.

A América do Sul é a nossa pátria!

Abraços a todos!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dia 15

Último dia de viagem.
Objetivo: chegar em casa, de volta à Rio Branco.

Saimos de Puerto Maldonado, atravessamos o rio Madre de Dios de balsa e seguimos em frente até Iñabari, de onde entramos no Brasil. Os trâmites foram rápidos e logo estávamos em Assis Brasil para o almoço.

Mais um pouco à frente, chegamos à Brasiléia e lá a caravana se desfez, pois alguns resolveram ficar por lá enquanto outros continuaram até Rio Branco.

E assim foi.


Rio Madre de Dios.


Caminhões atravessando em uma das balsas.


Chegada na Tríplice Fronteira.


De volta ao Brasil.


As três bandeiras.

Dia 14

Nosso dia começou muito cedo, um frio desgraçado de 4 graus negativos nos atacava na saída de Macusani, cidade mais alta que dormimos, alguma coisa perto de 4300m de altura.

O dia se resumiria a descer montanha e, pelas informações obtidas pelo nosso guia Ruben junto aos engenheiros das obras nas estradas, pegaríamos alguns trechos muito ruins pela frente.

Em pouco mais de uma hora, descemos de aproximadamente 4300m a 600m acima do nível do mar e chegamos na selva amazônica peruana. A diferença climática também foi absurda, mudamos as roupas de frio e colocamos peças mais leves para aguentar o clima quente e úmido de baixo.

O nosso guia Ruben Ortiz mantinha contato com o Consórcio Intersur, responsável pelas obras daquele trecho, e eles sabendo da nossa passagem nos receberam muitíssimo bem em um de seus grandes acampamentos, nos deram café da manhã e nos levaram para uma sala de reuniões, onde nos mostraram uma apresentação sobre a construção do Tramo 4 da Carretera Interoceanica, seus impactos, objetivos, etapas cumpridas, projetos sociais etc., enquanto alguns quilômetros à frente os trabalhadores limpavam uma zona de "derrumbre" para a liberação da nossa passagem.

Devemos prestar reconhecimento a essas empresas brasileiras e a seus funcionários que, corajosamente, desbravam zonas hostis e dedicam seu esforço e trabalho a desenvolver regiões difíceis de enfrentar.

Agradecimento especial ao Brício Torres, gerente geral, ao José Roberto dos Santos, gerente societário financeiro, e aos engenheiros Elmir Kleber e Vinícius pela simpatia e receptividade. Também aos grupos Andrade Gutiérrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que formam o Consórcio Intersur.

Fomos liberados, um carro do consórcio foi abrindo caminho passando pelo pior trecho que poderíamos imaginar. Uns 30km de muita, mas muita lama. Resultado das chuvas dos últimos dias que atrapalharam as obras e que nos impediriam de passar se não fosse a atuação do nosso guia Ruben e a boa vontade e camaradagem das pessoas do Consórcio Intersur que foram sensacionais.

A tensão era grande, o medo de atolar também. Por vários momentos achei que ficaríamos na lama, mas no final deu tudo certo. Ou quase certo. Porque no final do trecho de lama, os dois primeiros carros escolheram a trilha errada e atolaram na passagem de um riacho e tiveram de ser rebocados.

Continuamos a jornada e no começo da noite chegamos em Puerto Maldonado para pernoitar.

O sentimento era uma mistura de cansaço, nostalgia e ansiedade, pois no dia seguinte voltaríamos para casa...
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Trecho antes do acampamento.


Caravana estacionada dentro do acampamento.


Foto com os amigos do Consórcio Intersur.


Muita lama e, ainda, tráfego de caminhões.


Escapamos da lama, mas não do riacho...

Dia 13

Objetivo do dia: conhecer o Titicaca e visitar "las islas flotantes de los uros".

Depois de um delicioso jantar na noite anterior, acordamos, tomamos café da manhã e fomos caminhar pelo centro da bonita e fria Puno. Um vento gelado fazia o ambiente parecer mais frio.

Aos poucos, com a subida do sol, o clima foi melhorando e se tornando mais agradável.

Antes de sairmos para o porto visitamos a bela Plaza de Armas e a Catedral.

Então, lá pelas 10 da manhã, descemos para o porto e pegamos uma embarcação que nos levou direto à uma das ilhas flutuantes dos Uros. Contratamos Juan del Puerto, que é um guia local descendente daquele povo e nos levou à ilha de sua família, nos explicando muita coisa no caminho e mais ainda ao chegarmos lá.

A matéria-prima de praticamente tudo o que os Uros usavam para sobreviver é a totora, um tipo de junco. Da totora eles fazem seus barcos, suas casas, suas ilhas, comem sua raiz e muitas coisas mais. Hoje em dia, eles conseguem sobreviver do turismo recebendo muitíssimo bem pessoas do mundo inteiro em suas ilhas com sua peculiar alegria e boa energia.

Diz-se que o Titicaca é o berço da civilização inca e que possui uma forte conexão com Tihuanaco.

Foi um passeio maravilhoso do início ao fim, todos ficamos empolgados e felizes. Renovados, com as boas energias do lago navegável mais alto do mundo e de seu povo alegre, pegamos a estrada no começo da tarde rumo a Macusani e assim começou o trecho final da nossa expedição.
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Uma ilha flutuante dos Uros.


As mulheres se aproximando para nos receber em uma das islas flotantes.


O guia local, Juan, nos explicando como funciona a ilha.


Crianças da ilha.


Puno ficando para trás...

Dia 12

Objetivos do dia: conhecer Tihuanaco, voltar ao Peru e chegar em Puno.

Saimos de El Alto, pegamos uma estrada muito movimentada, tráfego intenso até o entroncamento de Tihuanaco.

Compramos nossa entrada, combinamos preço com um guia e fomos conhecer a antiga cidade.

Passeio muito interessante, altamente recomendado.

A civilização tihuanacota era impressionante e merece muito destaque pelas suas construções em simetria com as constelações, solstícios e equinócios. Suas paredes com perfeitos ângulos de 90 graus, suas pedras amplificadoras e monolitos gigantes.

Na saída da Bolívia, mais propina para recebermos uns carimbos de saída. No lado peruano tudo tranquilo e rápido. De novo, estávamos em solo peruano. Agora, seguindo para Puno, nas margens do Titicaca.
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Tihuanaco.


Uns dizem que são rostos de sacerdotes, outros que são de pessoas de várias partes do mundo...


Porta do Sol, com um calendário esculpido.


Um dos grandes monolitos.


Pôr-do-sol no Titicaca, pertinho de Puno.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dia 11

Objetivo do dia: conhecer o Parque Lauca, onde fica o vulcão Parinacota e o lago Chungara, o mais alto do mundo, e chegar em La Paz - Bolívia para pernoitar.

Não sabíamos, mas começaríamos o dia no céu e terminaríamos no inferno...

Saimos, como sempre, cedo e pegamos a estrada. O dia seria longo, e com uma alta subida. O Parque Nacional de Lauca fica a mais de 4 mil metros de altura, então, o soroche seria um monstro a ser enfrentado mais uma vez.

Nas primeiras horas da manhã já começamos a subir por estradas muito boas, bem sinalizadas e seguras do Vale de Lluta. Chegamos em Putre, que fica a 3500m de altura, paramos para algumas fotos e seguimos subindo. Mais algumas horas, trafegando por lindas paisagens com vários nevados no horizonte, às vezes com gelo bem ao lado da estrada, chegamos em Parinacota, um pequeno e antigo povoado com uma igejinha do século XVI feita de adobe, pedra e teto de palha.

Já podíamos ver o imponente vulcão Parinacota há horas, estávamos hipnotizados. Mesmo com muito frio, dificuldade de respirar, dor de cabeça etc., descemos no mirante para bater fotos e registrar aquela obra-prima da natureza. Não há como não se sentir pequeno perto da grandeza daquele vulcão de pico nevado com quase 6350m de altura. Na superfície de 4520m de altitude, fica o lindo lago Chungara, o mais alto do planeta. O reflexo do vulcão no lago transforma a paisagem em algo absurdamente irreal.

Mais uma vez a "Sudamerica" nos deixou sem palavras.

Uns poucos quilômetros à frente saimos do Chile e fomos entrar na Bolívia por Tambo Quemado.

Já nos primeiros minutos na fronteira boliviana recebemos as boas-vindas em forma de truculência, arrogância e extorsão. Militares de aspecto rude não faziam questão de dar informações que facilitariam a nossa passagem. Pelo contrário, tentaram nos atrasar, e nem com a proprina de 20 bolivianos de cada carro que fomos obrigados a pagar eles se mostraram amigáveis.

Muito irritados, seguimos adiante e paramos para abastecer. O preço na bomba mostrava 3.74, mas um arrogante funcionário, com a certeza de só existia aquele posto num raio de muitos quilômetros, nos disse que existia um tal preço internacional e que a gasolina para nós custaria 7 bolivianos o litro. A raiva só aumentou. Alguns imediatamente se recusaram, outros foram obrigados a abastecer sendo extorquidos. Quando paramos em outro posto, mais alguns quilômetros à frente, tivemos a certeza que tínhamos cometido um grande erro em entrar na Bolívia. De novo, ouvimos a mesma conversa de preço internacional. Algumas pessoas da caravana chegaram a discutir com os funcionários do local e todos estávamos muitíssimos revoltados com aquilo.

Seguimos para a capital com tanta raiva que nem as lindas paisagens da estrada nos fizeram melhorar o humor. Para completar o dia, entramos em La Paz no fim de tarde para arrependimento geral! Não tem como explicar o caos daquela cidade, é loucura. Carro pra todo lado, uns por cima dos outros, poluição, dezenas de pessoas atravessando em qualquer lugar, buzinas, buzinas, buzinas... Saimos de lá o mais rápido que pudemos e fomos procurar hospedagem em El Alto, cidade com mais de 1 milhão de habitantes colada em La Paz.

Terminamos o dia estressados num hotel aparentemente bom, mas que nem água quente tinha!
A água do chuveiro era mais gelada que a de qualquer geladeira! Doía na pele! Pense aí!

la Paz foi uma experiência traumática. Recomendo cuidado e muita, mas muita paciência para quem for se aventurar por lá.

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Estrada chilena no Vale de Lluta.


Gelo em alguns pontos da estrada.


Igrejinha de Parinacota.


Vulcão Parinacota, com o lago Chugara abaixo e a vegetação típica de bofedal.


A caótica La Paz.

Dia 10

Tiramos o dia para passear e conhecer a bonita e organizada Arica, a cidade da eterna primavera como se orgulham os chilenos.

Cidade litorânea, com bastante história, incluindo o local da mais famosa batalha da Guerra do Pacífico entre Peru e Chile, o Monte Arica.

Visitamos o museu militar no Monte Arica, também o Museu de San Miguel de Azapa, com múmias e outros itens de vários povos antigos que habitaram a região.

O centro da cidade é muito charmoso e movimentado, com ótimos restaurantes, bares e cafés.

Aproveitamos também para comprar alguns bons vinhos...
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Vista do Monte Arica.


Arica, vista do monte.


Esses militares estavam recebendo uma aula sobre a batalha histórica.


Múmias do Museu de San Miguel de Azapa.


Delicioso lomo com champignon.

Dia 9

Objetivo do dia: entrar no Chile e chegar em Arica.

Saimos cedo da pouco memorável Ocoña e paramos para abastecer e tomar café em Camaná, cidade maior e com mais estrutura. Depois, seguimos em frente rumo a Tacna, última cidade peruana junto a fronteira chilena, com bastante tempo de sobra para a esperada demora nos trâmites aduaneiros.

Passamos por estradas muito bem conservadas e com paisagens desérticas, às vezes com dunas ao lado da pista. Não subimos nem descemos muito, nos mantínhamos perto do nível do mar.

Tacna é uma cidade muito bonita e, aparentemente, bem organizada. Lá, encontramos um amplo e bonito prédio da aduana peruana. Desembarcamos todas as bolsas e mochilas, pois elas tinham que passar por uma esteira de raio-x e isso foi a única complicação do processo, o resto foi bem tranquilo.

Seguimos e mais uns poucos quilômetros à frente era chegada a hora dos trâmites chilenos. Tambpem tivemos que desembarcar as coisas e passar na esteira sob os olhares suspeitos dos funcionários que pediram para ver nossa caixa de remédios, rapidamente liberada. No geral, foi tudo tranquilo, dada a organização do local e a boa vontade das autoridades chilenas em nos tirar as dúvidas.

Destaque para o funcionário da "Receita Federal" deles, ou algo do tipo, chamado Anton, que foi de uma correção e simpatia inigualável conosco. Ele nos deu muitas dicas sobre o seu país e nos disse o quanto éramos bem recebidos em sua terra.

Chegamos na bela Arica no fim da tarde, ainda a tempo de ver mais um pôr-do-sol no Pacífico.
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Estrada desértica, ainda no Peru.


Símbolo de Tacna, fica bem na entrada da cidade.


Posto aduaneiro peruano em Tacna.


Finalmente, o Chile no horizonte.


Pôr-do-sol no Oceano Pacífico.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Dia 8

Acordamos empolgados e, antes de tomar café da manhã, subimos na van que nos levou ao aeroporto de Nazca. Lá, embarcamos num monomotor e fizemos um voo de aproximadamente 40 minutos sobre o deserto para ver as famosas e misteriosas Linhas de Nazca, feitas em tempos remotos, sabe-se lá por qual motivo. Para quem nunca tinha entrado num avião pequeno, como eu, o estranhamento já começou nos primeiros momentos. Tenho de admitir que o medo atacou no início, mas depois de 15 minutos já tinha me acostumado com a situação e com as manobras fechadíssimas que o piloto fazia no ar para que os passageiros dos dois lados pudessem ver perfeitamente aquelas enigmáticas figuras no chão. A dica de fazer o voo antes de tomar café funcionou bem, pois em certos momentos, quando a força G atua mais forte no corpo, algumas pessoas podem sentir vontade de vomitar e isso pode atrapalhar o seu passeio e de quem estiver ao lado. (hehehe)

Descemos do avião maravilhados, cheios de adrenalina na corrente sanguínea e, mais uma vez, boquiabertos. O Peru tem a vocação de te deixar boquiaberto pelo menos uma vez por dia...

Voltamos ao ótimo Hotel Alegria, tomamos o café da manhã e seguimos para conhecer o Cemitério de Chauchilla. Este é outro ponto alto de Nazca, somente a 17km da cidade. Lá, existem múmias de vários povos pré-incas e incas em bom estado de conservação. É uma paisagem surreal. Pagamos um guia e fomos conhecer a história das múmias em suas tumbas no deserto. Fascinante.

Depois, pegamos a Panamericana Sur com obejtivo de chegar a Camaná, cidade costeira. A rodovia cortava o deserto e durante o trajeto pegamos uma forte ventania lateral que trazia areia junto, um cenário perigoso para inexperientes, por isso seguimos pacientemente em velocidade reduzida.

Após algumas horas de viagem tivemos uma grande surpresa. Ao lado direito da estrada aparecia o bravo Pacífico, de ondas altas e revoltas. Paramos os carros e alguns se arriscaram no meio de tempestade de areia para se aproximar do oceano. Seguimos por várias horas com o mar à direita e o deserto à esquerda.

As paisagens à esquerda iam mudando com o passar dos quilômetros, coisas fantásticas se desenhavam no horizonte. Até por paisagem lunar nós passamos...

A noite caiu rápido e, como perdemos tempo durante o dia, o tráfego de caminhões se intesificou nas sinuosas curvas da Panamericana Sur, tornando a jornada tensa e perigosa. Continuamos por algumas horas, até o limite da resistência psicológica dos motoristas e resolvemos parar em Ocoña, uma cidade pequena com pouca estrutura a mais ou menos 60km de Camaná.

Foi um erro, pois lá pegamos a pior hospedagem de toda a viagem e a estrada, mais pra frente, não tinha tantas curvas perigosas com abismos.

Assim terminou o dia.
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Aventura no monomotor.


O Colibri, um dos vários desenhos feitos no deserto pelo antigo povo Nazca.
A maior curiosidade é que eles só podem ser vistos do alto.


Múmias do Cemitério de Chauchilla.


Tratores retirando areia da rodovia.


Panamericana Sur com o Pacífico à direita.

sábado, 25 de julho de 2009

Dia 7

Objetivo do dia: chegar em Nazca.

Pela manhã pegamos uma estrada linda no altiplano peruano. Paisagens fantásticas no caminho: lagos e lhamas pastando pertinho das nuvens. Perto de meio-dia tivemos um contratempo. Encontramos a rodovia fechada para obras. Mais uma vez, nesses momentos imprevistos, nosso guia Ruben se sobressaiu e resolveu a parada. Ele foi conversar com os engenheiros da obra e conseguiu uma liberação para a nossa caravana. Mesmo assim, esse tempinho perdido nos atrapalhou na chegada à Nazca, pois pegamos um trecho de descida muito perigoso durante a noite com muito tráfego de caminhões. Aqui também o Ruben chamou a responsabilidade para si e, muito corretamente usando sua experiência, guiou a caravana com segurança em todos os momentos difíceis e tensos.

Chegamos em Nazca cansados psicologicamente, mas inteiros. E famintos!
Fomos comprar as passagens para o sobrevoo às Linhas de Nazca para o dia seguinte e jantar dignamente antes de dormir.


Retões a 4mil metros de altura.


Lagos próximos das nuvens.


Peruana camuflada de pedra perto da placa.


Lhamas na pista.


A perigosa descida para Nazca.

Dia 6

O objetivo do dia era pernoitar em Abancay antes de chegar em Nazca, no dia seguinte.

Saímos um pouco atrasados de Ollantaytambo. Pegamos a estrada e fomos fazer uma rápida visita à antiga cidadezinha espanhola de Maras, onde as pessoas ainda vivem como nos séculos remotos. Pelo que percebemos, o pastoreio é a principal atividade local. Vimos muitas famílias levando seus bois, mulas e carneiros para pastar. Em muitos momentos, sentimos que eles não estão acostumados à turistas e nos olhavam nos carros com uma mistura de curiosidade e animosidade, pois ficava claro que atrapalhávamos o seu cotidiano com nossas máquinas levantando poeira e impedindo a travessia livre de seus animais.

7km depois de Maras chegamos à Moray, um impressionante centro de cultivo inca. A teoria mais aceita diz que os vários e enormes terraços circulares concêntricos serviam para experimentos agrícolas, como melhoramento genético das sementes para sua posterior distribuição.

Seguimos a jornada até Abancay passando por paisagens maravilhosas.


Povo de Maras.


Os pastores nos arredores de Maras.


Moray.
Não se engane, aqueles pontinhos lá embaixo são pessoas.


Ponte que cruzamos na estrada para Abancay.


Mais uma estrada linda no nosso caminho.